Após os 4 dias de oficina e a semana de carnaval, a capacitação foi retomada em reuniões na ELC, com a presença de Cézar, Eliany, Barnabé, Clayton, os 4 estudantes da UFF e as 3 integrantes que foram selecionadas na oficina. Barnabé é um dos administradores da Escola Livre de Cinema e é essencial para o funcionamento da escola, investe corpo e alma lutando para que a escola fique aberta e possa oferecer tamanho benefício à região. Clayton é o operador do setor da técnica audiovisual e principalmente de animação da escola.
No primeiro encontro desde o carnaval, o dia começou com apresentações gerais de todos os participantes do projeto. Cézar apresentou-se aos novos mediadores e falou sobre o laboratório Kumã e suas esperanças para o semestre na ELC. Barnabé contou sobre sua formação em teatro, sua parceria com Marcus Faustini e a criação do projeto Reperiferia e a eventual criação das Escolas Livres. Explicou sobre o conceito da ECL, que, ao invés de criar "cineastas", cria para os alunos uma nova forma de contarem suas histórias, de interagirem com o mundo e de interagirem com o audiovisual. A proposta da escola, como projeto social, não é de "inclusão social" dos jovens ou de mediar conflitos mas de dar acesso às técnicas de audiovisual para jovens que não o tem e ajudá-los a criar uma linguagem audiovisual própria.
O próximo passo da capacitação foi discutir o tema que seria abordado com as crianças nos processos de produção: a ficção-científica. Conversamos sobre o significado do gênero, que geralmente conta histórias fantásticas sobre personagens normais, que são forçados a lidar com algo incomun, "estranho" ou extra-terrestre. Dialoga com o preconceito e com as diferentes visões de realidade de cada um.